sábado, abril 18, 2009

 

Desporto

Dobradinha Ainda é Possível

O CDC Montalegre, depois de ter amealhado a conquista do campeonato distrital (e consequente subida à 3ª divisão nacional), aposta agora tudo na conquista da Taça da Associação de Vila Real, o que seria uma dobradinha inédita no seu historial. Para já as suas aspirações mantêm-se intactas depois de na passada sexta-feira Santa ter recebido e batido o Fiolhoso por 2-0, resultado que lhe garantiu a passagem às meias-finais.
Entretanto, o sorteio desta fase já foi realizado e a turma barrosã teve a sorte de conseguir jogar em casa (recebe o Atei) e evitar as outras duas equipas mais fortes ainda em prova (Régua e Abrambres). Os jogos serão disputados no próximo dia 5 de Maio.
O jogo com o Fiolhoso foi na senda do jogo do fim-de-semana anterior a contar para o campeonato frente ao Murça (mesmo resultado e tudo), ou seja, um bocado mal jogado, fruto talvez já de alguma descompressão dos atletas barrosões depois da conquista do campeonato e também da incerteza que já começa a pairar quanto ao futuro do treinador José Manuel Viage (um treinador da terra e que em dois anos tão bons resultados alcançou).
Ainda assim, foi sempre o Montalegre que dominou na tarde fria e chuvosa que assolou a região, mas as oportunidades foram escassas, sobretudo na primeira parte. O Fiolhoso provou em Montalegre o porque de estar a fazer uma época tranquila, sobretudo pela boa defesa e meio campo muito combativo e foi aguentando o 0-0 quase até final. Quando se aproximava o minuto 80, Palhares acabaria por marcar o 1-0 na sequência de um lance confuso na área do Fiolhoso, após pontapé de canto. A perder, o Fiolhoso foi obrigado a ir à procura, pelo menos, do empate que daria prolongamento, mas acabou por abrir espaços na sua defesa que o Montalegre soube aproveitar para contra-atacar. E foi já ao cair do pano, num destes contra-ataques que Vítor Dias, recém entrado, ganhou espaço pela direita e cruzou para a área onde apareceu um corte com o braço e a respectiva grande penalidade, convertida como sempre, com toda a classe por João Pedro.
No campeonato, como já referimos, o Montalegre recebeu e venceu o Murça por 2-0 a contar para a 27ª jornada, mantendo a possibilidade de acabar o campeonato sem derrotas (faltam apenas 3 jornadas). Mas a sensação da 27ª jornada acabou por ser o vizinho Boticas, que foi a casa do Pedras Salgadas vencer por 3-0 e dar um passo decisivo rumo à manutenção e à garantia de uma equipa do Barroso nesta competição na próxima época.

 

Política

1) Como se gasta mal os dinheiros públicos
O PSD denunciou aquilo que considera um escândalo, relativamente ao exorbitante custo de uma muda de pneus do carro do Presidente da Câmara, no valor de 2063,78 euros. Na altura, o caso foi exposto em Assembleia Municipal, e o Presidente reagiu à sua boa maneira, nada explicando, e a todos tratando mal.
Um ano volvido, vem-nos dar razão, uma vez que a nova muda de pneus, apenas custou 1178,54 euros, e convém frisar que se trata exactamente da mesma marca e características de pneus.
Sabendo que no ano em que gastou mais, havia um contrato e que nada baixou de preço no país, consideramos que se trata de má gestão dos dinheiros públicos e desafiamos o Presidente da Câmara a justificar-se e a retratar-se publicamente por esta incompreensível situação.
O PSD congratula-se contudo, de verificar que vale a pena fazer oposição e criticar publicamente actos de esbanjamento de dinheiros públicos, pois com isso conseguimos moralizar e garantimos expectativas de confiança à população na nossa capacidade para vir a governar a Câmara.
Deixamos neste artigo, os documentos comprovativos desta situação, porque estamos na política com VERDADE e frontalidade!

2) Câmara de Montalegre faz uma boa promoção da terra, mas a que preço!
Na última "Sexta-feira 13", em Março, a vila de Montalegre poderá ter registado a maior enchente de gente da sua história, vinda da região, concelhos limítrofes e outras zonas do país. É certo que isso é uma promoção da terra e lucro para os poucos restaurantes e casas de turismo. Esse facto também confirma a Câmara como sendo boa a organizar festas, festanças e festarolas. Se alguém tem dúvida acerca dessa capacidade, ficou desenganado.
Todavia, tudo isso tem um preço e ao que parece bem elevado, que prejudica o desenvolvimento sustentável de outras áreas bem mais importantes. Quanto pagou a Câmara pela realização desse evento? Vai ou não apresentar contas sérias ou vai calar como fez com a Pista? Fala-se em 500 mil Euros. O povo tem direito a saber a verdade.
Não há dúvida que esteve muito dinheiro em jogo. Foi contratada uma equipa de teatro profissional da Póvoa de Lanhoso que andou nos ensaios cerca de oito dias; foram mobilizados cenários sofisticados, inúmeros adereços, maquilhagens, caracterizações, luzes (de néon e de archotes), música, sons amplificados, malabaristas, contorcionistas, fogo de artifício diversificado e prolongado, jogadores de pau e, não podia faltar, uma grande jantarada no Multiusos para os eleitos da Câmara.
Está bem, mas é preciso apresentar contas. Como os mordomos de uma festa, no final apresentam-se contas e as deste evento já tardam. Mas isso pode trazer-lhes azar.
Nota: Comunicados PSD Montalegre

 

Região

1) Correria à pesca de trutas na barragem dos Pisões
Em Janeiro havia sido largamente divulgado que o temporal que assolou a região havia destruído as redes do viveiro de truta salmonada da barragem dos Pisões. Milhares delas invadiram a barragem, ainda que a empresa proprietária Quinta do Salmão tivesse capturado grande parte. Inclusive, o Ministério da Agricultura autorizou-a a capturar, durante três dias, o peixe "foragido".
Por isso, em dia de abertura oficial de pesca à truta (1 de Abril), era de esperar uma enchente de pescadores, sobretudo minhotos. E assim aconteceu. A barragem dos Pisões foi invadida por milhares deles, bem cedo. Para garantir lugar, houve quem não dormisse. Às primeiras horas da manhã, as margens da albufeira estavam já cheias de adeptos da modalidade, vindos sobretudo da zona do Minho e do Porto.
Quem não andavam satisfeitos eram os Barrosões, exceptuando, naturalmente, os proprietários dos restaurantes que circundam a Barragem. Primeiro, porque o Ministério da Agricultura não devia permitir a recaptura do peixe, já que o Seguro da empresa havia pago todo o prejuízo; depois porque os Minhotos "comem tudo e não deixam nada". Vêm com o farnel às costas, o dinheiro da licença não fica em Montalegre e, no final do dia, regressam à sua terra deixando no terreno todo o lixo.

2) Sensibilização Rodoviária em Montalegre
A Rádio Montalegre, promoveu numa operação STOP efectuada pela GNR e levada a cabo pelo Agrupamento de Escuteiros 1115 de Montalegre uma acção de sensibilização rodoviária com o objectivo de alertar os automobilistas sobre a importância do cumprimento das regras de segurança na estrada. Eram 15h00 e estava tudo a postos no cruzamento de S. Vicente da Chã - Montalegre, cerca de 15 escuteiros, com idades compreendidas entre os 6 e 18 anos, abordaram os automobilistas oriundos de diversas zonas do país e da vizinha Espanha, onde através da distribuição de panfletos e apelos incisivos no controlo da velocidade, excesso de álcool e substâncias psicotrópicas, uso de telemóvel e falta de utilização de cintos de segurança nos bancos da frente e traseiros, além do uso devido das cadeiras para crianças; alertas para as boas práticas a ter em conta enquanto se conduz. Por sua vez, os destinatários desta acção mostraram-se agradavelmente surpreendidos, e cerca de 80 % dos inquiridos referiram que esta prática é pouco comum, mas muito bem-vinda. Recorde-se que a Rádio Montalegre tem promovido no terreno diversas acções promotoras da segurança rodoviária, destinadas a públicos distintos, desde crianças do pré-escolar, à 3ª idade com recolhimento de registos áudio para posterior emissão em programas específicos sobre o tema. Estas iniciativas inserem-se no âmbito de um protocolo assinado com esta estação emissora e o Governo Civil do Distrito de Vila Real. (Noticia MJA)

3) Montalegre na Feira de Nanterre
Realizou-se de 3 a 5 de Abril em Nanterre, França, a já tradicional Feira de Nanterre. Como já vem sendo hábito, a Câmara de Montalegre faz-se representar nesta Feira com farta comitiva, mas este ano ainda mais. Por certo que não há Câmara no país que aplique tantos recursos neste certame como a de Montalegre, porque nenhuma outra tem iguais objectivos.
Sob a aparência de uma feira de divulgação de produtos da terra junto dos emigrantes e de uma feira de convívio que serve para "reforçar o orgulho barrosão", a verdade é que esta feira esconde objectivos bem mais profundos e subtis: serve sobretudo para, "in loco", ampliar contactos e reforçar uma rede de apoiantes e angariadores que na altura das eleições autárquicas virão votar no PS, e à custa dos quais a actual autarquia se tem perpetuado no poder. E sem pagar nada, porque os objectivos declarados é de promoção de Barroso. O PSD também aí este presente, mas pagou tudo do seu bolso.
"Saímos daqui mais portugueses"
No seu discurso empolgado, Fernando Rodrigues afirmou que saía de Nanterre mais português em virtude do apoio e calor humano que sentiu. É provável. Tal como é provável que saia de lá com mais umas dezenas ou centenas de votos para as próximas eleições autárquicas.
"O presidente dos emigrantes"
Noutra parte do seu discurso, Fernando Rodrigues afirmou: "Dizem que eu sou o presidente dos emigrantes ... pois quero dizer-vos que sinto muita honra e muito orgulho". E sem dúvida que é o "Presidente dos emigrantes". Primeiro, porque nenhuma outra Câmara do país goza do benefício de, em altura das eleições autárquicas (só das autárquicas!), ter inúmeros votantes a deslocarem-se de tão longe, com tantos meios de transporte e tão bem organizados. Mas ainda há outra razão para, com justa razão, ser apostrofado de "o presidente dos emigrantes": pela quantidade de gente do seu concelho que teve de emigrar para França e Suiça, por na sua terra não terem meios de sobrevivência. São poucos os privilegiados que não precisaram de emigrar.

 

Destaque 2

Até onde vai a Crueldade Humana sobre os Animais
No passado dia 6 de Abril "presenciamos" uma das cenas mais cruéis alguma vez praticadas sobre um animal, e que por isso agora denunciamos. Através de um amigo nosso fomos chamados ao Ecocentro da Resat, no termo de Codeçoso, mas conhecido por Ecocentro do Baldoso, para ver uma cadela que ali tinha sido abandonada depois de primeiro ter sido barbaramente violentada. De facto, alguém terá decidido divertir-se, de uma forma muito cruel, com aquele pobre bicho, por sinal prestes a ser mãe. Talvez fosse um dono insatisfeito ou apenas alguém que faz mal por prazer, o que é típico de muitos seres (des) humanos. Podia arranjar muitas formas de se "desfazer" da cadela mas optou por amarrá-la pelo pescoço ao seu carro ou carrinha e arrastá-la várias centenas de metros até ao referido ecocentro, deixando um rasto de sangue e terror ao longo da Estrado Nacional 308. Mas como a pobre sobreviveu, mesmo numa possa de sangue e com fracturas e vários ossos dos membros bem à vista e o resto do corpo cheio de queimaduras do "arrastão", decidiu amarrá-la a um poste da rede do Ecocentro e abandoná-la ali, num sofrimento agonizante à espera da morte. Terá aguentado perto de 24 horas e só padeceu depois de uma eutanásia de misericórdia. Assim, pede-se a alguém que reconheça este animal (cadela tipo pastora pequena, castanha clara/amarela – ver foto) para denunciar o dono ou para entrar em contacto com o jornal que nós o faremos. Quem faz isto a uma animal (sabe-se lá do que será capaz) deve ser punido.
O mesmo se passa para a quem andou no último mês a espalhar veneno por toda a Vila e arredores de Montalegre e que acabou por matar dezenas de animais, alguns deles, como filhos para os seus donos. Se alguém não está satisfeito com cães abandonados, ou até com o cão solto do vizinho, não deve ser esta a maneira de actuar. Além de ser proibida é cruel e perigosa até para as crianças, que podem apanhar um isco e morrer por engano. Sabemos que as autoridades municipais nesta área não trabalham como deve ser, mas devemos todos colaborar e actuar com responsabilidade. O mesmo se passa com as autoridades policiais a quem pedimos atenção para estas situações.

 

Destaque


Queima do Judas vai Sobrevivendo à Agonia das Tradições Pascais
A Páscoa é, por excelência, a maior das celebrações Cristãs, porque simboliza a vitória de Cristo sobre a morte através da Ressurreição. Assim, é uma data plena de tradições para os católicos. No entanto, também a religião parece atravessar uma crise e por isso vê agonizar algumas das suas mais importantes tradições desta época: é o caso dos "Autos da Paixão" de Cristo, a Bênção das casas (cada vez mais rara), entre outras. Só a Queima do Judas, uma tradição mais recente, parece estar a ganhar força a cada ano que passa. Será por conseguir juntar de forma quase perfeita o sagrado e o profano?

No passado dia 11, sábado à noite, junto ao Castelo de Montalegre, a tradição voltou a ser renovada, com a realização da Queima do Judas. A Câmara havia desafiado a população para apresentar o melhor "Judas" (e, para o efeito, publicou um regulamento), e as pessoas aderiram. Como já é hábito para outras iniciativas, a concentração de "judas" ocorre na Praça do Município, pelas 20 horas, e depois dá-se o desfile pelo centro da Vila em direcção ao Castelo, onde tem lugar a certame da escolha do melhor Judas e a sua queima.
Queima do Judas: uma tradição popular e quaresmal
"Personificado por um tosco boneco que é ciclicamente imolado num auto-de-fé popular, proporcionando deste modo uma catársica e regeneradora destruição, a insólita "Queima do Judas" consubstancia ainda uma inegável sátira à abstinência quaresmal que, na morte do Iscariotes, encontra a vingança há tanto tempo ansiada. O "apóstolo maldito" serve, deste modo, de bode expiatório dos malefícios da obrigatória frugalidade da Quaresma, bem como de arquétipo daquilo que é velho e gasto e se rejeita ritualmente destruindo-se pelo fogo, pela espada, pelo apedrejamento, pelo afogamento, pelo enterramento!
Como em outros costumes semelhantes, também aqui simbologias arcanas se aditam a funcionalidades críticas diversas, conjugando-se tudo para fazer destas práticas modelos tradicionais susceptíveis de se perpetuarem até aos nossos dias."

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