quarta-feira, fevereiro 20, 2008

 

Opinião/Política

Crianças e Jovens de Montalegre com menos regalias

Os jovens e as crianças de Montalegre, que já não tinham grandes oportunidades de lazer e diversão, em grupo ou individualmente, viram este ano fugir-lhes uma das poucas actividades que ainda restava.
Não houve o já tradicional cortejo carnavalesco das escolas.
Se se tratasse de uma actividade gastadora, para promoção de alguns e sem qualquer interesse colectivo, certamente que os responsáveis da Terra não deixariam fugir a oportunidade.
Assim, como é um dia de diversão para ao jovens e as crianças do concelho, é uma alegria e um orgulho para os pais verem os seus ente queridos desfilarem alegremente e, um dia de alguma expectativa e diversão para os restantes, ninguém quer saber.
No entanto não desanimem os foliões, os pais, as crianças e os jovens. No próximo ano há eleições e então, haverá cortejo à fartasana, desfile etnográfico, comer até lhe chegar com um dedo, foguetes e arraiais.
Veremos o Presidente da Câmara, então com o fato de candidato a visitar as populações e os bombeiros nos incêndios, teremos alcatrão até dizer chega, terra fresca, muita terra fresca, mais um investimento dos tais que poucos ou nenhuns problemas resolvem, mas custam muito dinheiro, não haverá aumentos das taxas, licenças e tarifas e quem sabe, se o aperto eleitoral for grande até teremos redução e benefícios sociais.
Mas até lá, ainda não terá desaparecido o último jovem de Barroso, ainda não terá deixado de haver mais desemprego, menos residentes, menos jovens e mais idosos.
Tudo isto porque um simples e singelo cortejo de carnaval não se fez. Alguns, menos atentos, poderão pensar que nem valeria a pena perder tempo com o assunto.
Mas não se trata apenas de um cortejo carnavalesco. Tal como o rio é feito de muitas gotas, não nasce do tamanho que o conhecemos, também o desfile se junta ao muito que já não há, àquilo que desejamos e não temos e ao que ainda é mais deprimente, que é a certeza que com esta Câmara só podemos ficar pior.
Montalegre tem algo que os outros concelhos gostariam de ter: as pessoas e principalmente os seus jovens.
Veja-se o que um pequeno grupo de jovens, dos poucos que ainda cá restam ou cá vêm ao fim de semana, fez: a Haka Barrosã. Praticamente sem custos, levou e deu a conhecer ao mundo o nome e os produtos de Montalegre.
Quase sem custos, fez esta juventude, com um acto tão simples, tão simpático e eficaz, mais do que a Câmara com os milhões de euros que gasta anualmente em promoção e publicidade, Aprendam.

 

Barroso em Resumo

1) Montanhistas perdidos no Gerês podem ter de pagar multa
Se for provada a prática de montanhismo em zona proibida, o grupo de três montanhistas do Porto que se perderam no passado dia 3 deste mês em plena serra do Gerês incorrem numa multa que pode chegar aos 2.493 euros.
Relembramos como tudo se terá passado: 3 pessoas da região do Porto (2 homens e uma mulher na casa dos 30 anos), que faziam Montanhismo há mais de uma década decidiram fazer uma aventura de 2 dias pelos cumes mais elevados da serra do Gerês, entre a aldeia barrosã de Pitões e a Portela do Homem no concelho de Terras de Bouro. Para isso vinham prevenidos com material adequado incluindo tendas, onde passaram a noite de 2 para 3. No entanto, no dia 3, quando tentavam regressar a Pitões, com as condições atmosféricas a ficarem muito difíceis, com queda de neve, granizo e nevoeiro, acabaram por se perder na Serra das "Negras", ao lado de Pitões, e tiveram de pedir auxilio através do telemóvel para os números de emergência. De imediato foram accionados todos os meios de busca possíveis, nomeadamente a presença no terreno dos Bombeiros de Montalegre, Terras de Bouro e alguns vigilantes do Parque. Com a chegada da noite as condições agravaram-se e os montanhistas foram mantendo o contacto com os bombeiros, mas não foi possível chegar ao local. Os Bombeiros de Bouro acabaram por ter que retroceder e foram os vigilantes do parque juntamente com os Bombeiros de Montalegre que conseguiram deslocar-se até aos "perdidos", já na manhã de segunda-feira, dia 4, e quando já tinha sido solicitado um helicóptero da protecção civil, que viria a resgatá-los já depois das 13 horas. Os montanhistas foram trazidos para Montalegre onde os esperavam um batalhão de jornalistas, uma vez que este acontecimento se tinha tornado notícia a nível nacional.
Descidos no campo Dr. Diogo Vaz Pereira, foram encaminhados ao Centro de Saúde de Montalegre onde foram tratados a pequenas queimaduras de frio, e fizeram uma refeição, antes do regresso a Pitões onde tinham os carros, e sem prestarem qualquer declaração.
Devido a todo o mediatismo que envolveu este resgate ainda foi lançada por alguma comunicação social a possibilidade de terem que pagar perto de 30 mil euros pelo resgate, uma informação falsa. No entanto, poderão mesmo vir a ser punidos por fazerem Montanhismo, sem autorização, numa zona interdita a essa actividade, do parque da Peneda Gerês, encontrando-se esta situação em investigação.

2) Ourivesaria Elisa Afonso Assaltada em Pleno Dia
Na tarde da passada sexta feira (dia 8) a ourivesaria Elisa Afonso, situada no CC Cabrilho, em Montalegre foi assaltada por dois indivíduos de meia idade que terão levado mais de 50 mil euros em artigos de ouro.
Tudo ocorreu por volta das 16 horas e quando a proprietária, Elisa Afonso, já se preparava para fechar mais cedo para ir a Chaves tratar de assuntos profissionais. Os dois indivíduos terão aproveitado a hora em que esta se encontrava sozinha no estabelecimento para entrar com uma mala e fazendo-se passar por supostos vendedores de prata. No meio da conversa, e apesar da ourives não se mostrar interessada em comprar a suposta prata, um deles aponta-lhe uma arma, forçando-a a entrar para dentro de uma pequena divisão contígua, enquanto ao outro roubava os artigos em exposição. De seguida foi obrigada a entregar as chaves do cofre, onde todo o ouro foi roubado. A discrição foi tal que ninguém das lojas vizinhas se terá apercebido da situação.
No fim de consumarem o roubo terão usado um gás para adormecerem a ourives, antes de saírem discretamente, demonstrando bem serem profissionais da "arte". Quando a Sra Elisa acordou accionou imediatamente o dispositivo de alarme e a GNR chegou ao local em poucos minutos, mas já não havia qualquer sinal dos "amigos do alheio". Há quem afirme ter visto dois suspeitos com uma mala pela Avenida abaixo, mas não há mais registos, como matriculas, etc.
A ourives foi interrogada, para tentar identificar os indivíduos, uma vez que actuaram sem disfarce, e levada para o hospital onde foram verificadas as provas da violência a que foi sujeita e, ao mesmo tempo, tratada.
O caso está agora entregue à judiciária para investigação. Sabe-se que três dias antes terá havido um furto com procedimentos semelhantes em Viana do Castelo, além de nos dias anteriores se verem alguns indivíduos suspeitos a vaguearem por Montalegre.

3) Família destroçada com acidentes de viação
Na manhã do passado dia 8, um despiste na estrada nacional 103 perto da localidade de S. Vicente da Chã tirou a vida a um homem, e causou ferimentos ligeiros a um jovem, seu filho. O falecido era Alcides Martins Teixeira, de 57 anos, residente nos Padrões, e que se deslocava para Montalegre para levar o filho Vítor, de 13 anos, à escola.
Ao que tudo indica o carro terá, inexplicavelmente, entrado em despiste numa recta e ido embater com violência num poste de ferro de uma placa da estrada. Alcides acabaria por falecer já no Centro de Saúde de Montalegre. O filho foi assistido no local na Ambulância de Suporte Imediato de Vida do INEM, tendo depois sido também transportado para o Centro de Saúde e depois ao hospital de Chaves, para acompanhamento psicológico.
Este acidente chocou o concelho de Montalegre, pois o pequeno Vítor tinha perdido a mãe há pouco mais de um ano, num acidente violento, na mesma estrada, que envolveu outra viatura, e causou também a morte a um jovem de Salto. Também nessa altura o Vítor ia no carro com a mãe, e sobreviveu.
Apesar das causas não serem conhecidas, comenta-se que este novo acidente que tirou a vida ao pai poderá ter acontecido por este ter sido acometido de um problema cardíaco agudo, uma vez que sofria do coração e já tinha, inclusive, sido operado duas vezes, sendo também apontada a hipótese do despiste ser causado pelo gelo na via. Alcides Teixeira, que tinha seis irmãos emigrantes em França, Luxemburgo e Suíça, e uma irmã a viver em Braga, ainda enfrentava um contencioso com a companhia de seguros por causa do acidente que vitimou a esposa. Agora o pequeno Victor tem apenas um familiar directo, um irmão de 27 anos que se encontrava emigrado, e todo o apoio é pouco.

4) Cabril vai ter Lar de Idosos
Acabou de arrancar a empreitada do futuro Lar de Idosos de Cabril, no nosso concelho, cuja gestão pertence ao Centro Social e Paroquial de Cabril. Ao longo do próximo ano, o Consórcio: Paula Cunha, Lda / Construções e Serra do Larouco, Lda irá realizar esta obra que terá de estar concluída em 12 meses. O custo total deste necessário equipamento é de 1.102.265,49 €, acrescida do IVA à taxa legal em vigor (21%).
A estrutura será constituída por três valências: Lar (para 30 utentes); Centro de Dia (30 utentes) e Apoio Domiciliário (30 utentes). A obra, que promete estar concluída no prazo de um ano, está implementada numa área de terreno de 2.920,00 m2, sendo constituída por dois pisos. No Piso 1 (Rés do Chão - 730,47 m2) ficam previstas as áreas reservadas à administração, os sectores funcionais do Lar e Centro de Dia, incluindo-se nestes as respectivas áreas para salas de actividades, zonas de estar e de refeições, zonas comuns de serviço e apoio. Por outro lado, no Piso2 (1º Andar – 813.04 m2) propõem-se os sectores funcionais do Lar, incluindo-se nestes as respectivas áreas dos quartos, zonas de estar, zonas comuns de serviço e apoio.

5) Palavra Andarilha voltou à Biblioteca Municipal de Montalegre
O projecto "Palavra Andarilha" voltou a passar pela Biblioteca Municipal de Montalegre no passado dia 7 de Fevereiro. Relembramos que este projecto, que engloba muitas Bibliotecas a nível nacional, começou em Beja há mais de oito anos atrás e tem como objectivo promover a leitura entre os mais pequenos. Isto é conseguido através da leitura e representação de contos, pelos contadores de histórias das várias bibliotecas, que vão de uma para a outra, tipo estafeta, com uma caixa cheia das principais histórias que preenchem o imaginário dos mais novos.
No dia 7 a Biblioteca de Montalegre, recebeu a "história" da Biblioteca de Famalicão, que muito encantou as crianças presentes.
Agora cabe à Biblioteca de Montalegre, na pessoa da sua Directora, Dr.ª Gorete, levar a palavra andarilha à próxima biblioteca.

6) Boticas já tem casa do FC Porto
A Direcção da recém constituída Casa do FC Porto de Boticas – a Delegação 121 dos "Dragões" - foi recentemente eleita em Assembleia-geral daquela instituição. A eleições apresentou-se apenas uma lista, que mereceu o consenso dos "portistas" de Boticas, sendo votada por unanimidade.
A Direcção tem agora por missão dinamizar a Casa do FC Porto de Boticas, cuja sede ficará localizada no edifício Eubasto, na Rua Dr. Rogério Bráulio Martins, e promete ser um local de convívio e de tertúlia dos "portistas" do concelho, que aqui terão um espaço para comemorarem as vitórias e partilharem dos feitos gloriosos do emblema azul e branco.
CORPOS GERENTES DA CASA DO F.C.P. DE BOTICAS
Mesa da Assembleia Geral: Presidente: António Pereira Penedos; Vice-Presidente: António Joaquim Barros; Primeiro Secretário: Miguel Reis; Segundo Secretário: Alexandre Santos
Direcção: Presidente: Fernando Campos; Vice-Presidente: Carlos Ferreira; Vice-Presidente: Hélio Martins; Secretário: Alfredo Cadime; Tesoureiro: José Manuel Moreno.
Conselho Fiscal: Presidente: Mário Barroso; Vice-Presidente: Toni Teixeira; Segundo Secretário: Carlos Teixeira

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