sábado, janeiro 31, 2009

 

Destaque - Desporto

Montalegre "Soma e Segue"



* Montalegre 4 / Valpaços 0 (18/01/2009 - 16ª jorn.)

*Ribeira Pena 2 / Montalegre 3 (25/01/2008 - 17ª jorn.)

O CDC Montalegre continua imparável no campeonato maior da AF Vila Real, a Divisão de Honra, averbando mais duas vitórias nos últimos 2 jogos. Primeiro em casa com goleada frente ao Valpaços por 4-0 e depois fora em Ribeira de Pena por 3-2. Com estes 6 pontos averbados e com a ajuda do seu vizinho Boticas, que travou o Régua à 16ª jornada (ver tabela ao lado), os Barrosões aumentaram para 7 pontos a vantagem sobre o 2º lugar, vendo assim mais perto o sonho da subida aos nacionais.
O jogo em casa com o Valpaços avizinhava-se difícil, uma vez que os visitantes vinham de uma vitória moralizadora em casa do candidato Vidago. No entanto, uma exibição muito conseguida dos comandados de José Manuel Viage e um endiabrado Jorge Fidalgo, autor de um hattrick, tornaram o jogo fácil. O Montalegre entrou a todo o gás, como tem sido seu timbre esta época, e colocou-se a vencer aos 18 minutos por Jorge Fidalgo, já depois de ter desperdiçado algumas boas hipóteses. Depois do 1-0 o Montalegre continuou a carregar no acelerador mas, fruto da referida ineficácia, não conseguiu marcar mais nenhum golo até ao intervalo. Mesmo em cima do intervalo ainda viu o central Leonel Costa ser expulso com vermelho directo após falta em jogada perigosa do Valpaços.
Devido a esta contrariedade, os barrosões presentes no estádio Dr. Diogo Vaz Pereira ainda chegaram a temer pelo pior na 2ª parte. No entanto, a garra dos atletas barrosões veio ao de cima e com algumas boas alterações operadas pelo treinador José Viage, o Montalegre até parece que jogou com mais elementos, tal a superioridade demonstrada e que foi coroada com a obtenção de mais 3 golos: Aos 60 minutos Fidalgo bisou, ao 82´ João Pedro marcou de livre directo e aos 85´ o inevitável J. Fidalgo marcou pela 3ª vez no jogo após grande jogada de Bruno Madeira, entrado na 2ª parte.
No passado Domingo, a contar para a 17ª jornada o Montalegre deslocou-se ao terreno do Ribeira de Pena, onde acabou por vencer com alguma sorte a turma local por 3-2. Numa autêntica tarde invernal, com condições do terreno muito adversas, o jogo foi muito disputado e nem sempre bem jogado. A 1ª vítima do tempo foi o árbitro designado para o encontro que não compareceu devido à intempérie com chuva torrencial, ventos fortes, neve e gelo. Acabou por ser um fiscal de linha a ter que substituir o árbitro, tendo mesmo assim realizado uma boa actuação.
O Montalegre, a defender a liderança, impôs o seu futebol não primeiro tempo e acabou por chegar ao intervalo a vencer naturalmente por 2-0. Golos de Guilherme, que aproveitou da melhor forma uma falha colectiva da defesa local (guarda redes incluído) e do artilheiro J. Pedro, qual "vinho do porto, quanto mais velho…", de grande penalidade, o seu 14º da temporada. No entanto, o intervalo parece ter feito mal aos barrosões, que entraram na 2ª parte algo moles e convictos que a vitória estava assegurada, e viram o Ribeira de Pena "fazer das tripas coração" em busca dos pontos em jogo. O 1-2 surgiu aos 54´, por Hugo, também de penalty, e abalou as hostes barrosãs, que viram o empate surgir quase de seguida, aos 57´ por Fraga. Este golo ainda fez acreditar mais a motivada equipa da casa, que partiu para cima do Montalegre em busca do 3º. No banco, José Manuel Viage viu o comandante do distrital tremer, algo por culpa própria, diga-se, e recorreu ao banco para dar um abanão na equipa. O Montalegre foi equilibrando o jogo na batalha do meio campo, mas os barrosões pareciam cansados e sem ideias no ataque. Eis que surge a estrelinha da sorte, que sempre acompanha os campeões. Primeiro, aos 82´, o guarda-redes do R. Pena, Kikas, é expulso por jogar a bola com a mão fora de área. Depois é o recém entrado guarda-redes Hélder que, ainda quase a frio, oferece a vitória ao Montalegre com um monumental frango após livre de Leonel Fernandes.

 

Destaque

XVIII Feira do Fumeiro e do Presunto aquém das expectativas

Decorreu entre os dias 22 e 25 de Janeiro a XVIII edição da Feira do Fumeiro e Presunto de Montalegre, evento que mais dinamiza a região e que mais receitas gere, especialmente às gentes das aldeias que são as que mais precisam. A inauguração foi apadrinhada pelo Secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, que não escondeu a «satisfação» pelo impacto da Feira do Fumeiro. A cerimónia foi realizada no Auditório Municipal onde Fernando Rodrigues, presidente da autarquia barrosã, declarou que estamos perante «uma feira de sucesso, de progresso e de inovação». O edil referiu, exagerando, que este evento «transformou totalmente o concelho e a região».
As esperanças eram muitas, como está bem patente nestas palavras hiperbólicas proferidas pelos promotores: "Em Portugal há duas coisas boas: a Nossa Senhora de Fátima e a Feira do Fumeiro de Montalegre"; "é a melhor feira do país" (Orlando Alves); "estes são sempre, como se diz na gíria popular, quatro dias de desbunda, de animação, de convívio e de intensa actividade comercial" (Orlando Alves); "com neve o número de visitantes poderá chegar aos 60 mil"; "O certame é responsável por uma facturação que ultrapassa 1 milhão de euros e mais de 5 milhões são realizados fora da feira" (Gabinete de Imprensa); "A Câmara Municipal de Montalegre suporta por inteiro as despesas do certame no valor de 100 mil Euros" (Orlando Alves), parte do qual foi gasto em publicidade na televisão e na rede Multibanco; "a Feira do Fumeiro mudou radicalmente o concelho e a região em termos turísticos e gastronómicos"; "hoje chega-se aos 60 mil quilos de produto vendido"; "são muitos empresários" (Fernando Rodrigues).
No entanto, tal como nos anos anteriores, a realidade foi bem diferente, porque uma coisa é a propaganda da Câmara, que lhe têm trazido bons dividendos, e outra coisa é a realidade dos números e aquilo que se vê e sente. Nos dias de quinta e sexta, o número de visitantes foi escasso, chegando em muitos momentos a serem mais os vendedores do que os visitantes. No dia de sábado esteve bastante gente e o melhor dia é sempre o domingo. As pessoas, especialmente os "minhotos", aproveitam a tarde de domingo para dar um passeio, visitar a feira e comprar umas chouriças. É raro ver alguém a comprar um presunto, muito mais raro é ver alguém a comprar uma barriga ou uma cabeça de porco. É provável que seja da crise que assola o país. Barrigas gordas, cabeças de porco e patas têm mais um efeito decorativo. Não é para comprar, é mais para decorar a tenda. Se alguém as compra é às escondidas.
Calcula-se que tenham visitado o certame cerca de 15 mil pessoas, um número muito distante daquele que a Câmara apresentou. Além disso é impossível que se transaccionem na feira 60 mil quilos de produto. Quanto ao valor de imposto gerado pelos "empresários" para o Estado, em termos de IVA e IRC, é desconhecido, nem algum dia a Câmara abordou tal assunto. Mas seja como for, é a Feira que mais cativa as pessoas e que mais receitas gere e é aquela que mais beneficia as pessoas das aldeias.
Quanto ao espaço interior, onde decorre o certame, estava ordenado, limpo e bem concebido. Toda a tenda tinha a sua balança e a sua estrutura era feita de bons materiais. No geral, os produtores põem na mesa de venda gente muito nova, como estratégia comercial. Não quem fez o fumeiro, mas quem o pode vender melhor. Uma pessoa nova (filho ou sobrinho) inspira mais confiança aos visitantes. Por vezes as pessoas, desconfiadas, pedem conselho a amigos onde comprar, como aconteceu connosco. Ainda há muita desconfiança.

"À margem da Feira"

Paulo Portas na Feira do Fumeiro
O líder do CDS/PP, tal como sucedeu em anos anteriores, visitou a Feira do Fumeiro de Montalegre onde revelou satisfação pelo que encontrou. Atrás de Portas, muitos jornalistas em busca de um comentário, do homem forte dos centristas, sobre o alegado envolvimento de José Sócrates no caso Freeport. A resposta foi lacónica: «À justiça o que deve ser tratado na justiça». Mostrou-se antes preocupado com a situação decadente do país e não com a situação do Primeiro-Ministro: "aquilo que me preocupa é a situação do desemprego, é a situação das pequenas e médias empresas, é o abandono dos agricultores, é a insegurança crescente, é a falta de paz nas escolas, é a carga fiscal a mais, ... e são essas políticas pelas quais eu responsabilizo José Sócrates".
Estrada 103 esteve cortada
Uma ventania forte fez com que a estrada 103, que liga Braga a Montalegre, estivesse cortada na Venda Nova, junto à escola, entre as 8.30 e as 9.45 horas de sexta-feira. Eram quatro árvores derrubadas, mas só uma impedia efectivamente o livre-trânsito das pessoas. A quase totalidade das pessoas, sabendo como funciona a Protecção Civil, optou por ir por Salto ou por Paradela. Quem decidiu esperar pelos bombeiros de Salto, cujo quartel é ali ao lado, teve de esperar pouco mais de uma hora. No local ouviam-se os comentários de indignação contra os Bombeiros de Salto, por este e outros momentos.
Luz falhou constantemente
Durante a Feira do Fumeiro, a luz falhou constantemente, quer na Vila, quer nas aldeias. Nalgumas aldeias a luz faltou 59 horas, como é o caso de parte de Gralhas. As pessoas tiveram de recorrer à luz da candeia como antigamente. Os bens alimentares das arcas estragaram-se. São muitos os que estão a pedir indemnizações à EDP.
Boticas fez melhor por menos dinheiro
Na semana anterior tinha sido a Feira do Fumeiro de Boticas. A organização deste certame, pelos números que apresenta, parece ter conseguido resultados iguais ou melhores do que os de Montalegre, mas com muito menos dinheiro em publicidade.
Exposição Sobre a Agricultura de Barroso: Passado e Presente
No interior do pavilhão Multiusos e ao lado da entrada pela Avenida D. Nuno Alvares Pereira, destaque para uma interessante exposição sobre a Agricultura do Barroso denominada: "Viver o presente, relembrando o passado", cuja organização esteve a cargo dos formandos do curso EFA (Educação e Formação de Adultos) organizado pela AATBAT (Associação dos Agricultores das Terras do Barroso e Alto Tâmega) e pela empresa de Formação Profissional Consultua, e que chamou muito à atenção dos visitantes, incluindo os Governantes na Inauguração e o programa da RTP1 Portugal no Coração.

 

Nº 412



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