quinta-feira, julho 17, 2008

 

Destaque 3


"Vinho dos Mortos" já é uma realidade no mercado
Acaba de ser finalmente lançado no circuito comercial o tão conhecido e já mediático VINHO DOS MORTOS, por muitos considerado um ícone da gastronomia Botiquense.
Desde tempos remotos cultivado em extensos vinhedos á época existentes na freguesia de Boticas e na sua congénere da Granja encontra-se a sua produção actualmente confinadas a duas ou três propriedades agrícolas exclusivamente situadas na sede do concelho.
Anteriormente já comercializado sob aquela designação, que apenas lhe correspondia na versão popular, conquistou recentemente o estatuto oficial com a certificação de denominação de origem VINHO DOS MORTOS, na Classe Vinho Regional Transmontano.
O obreiro deste rigoroso, intrincado e minucioso processo foi o produtor ARMINDO DE SOUSA PEREIRA, apaixonado compulsivo pela agricultura e proprietário de uma extensa vinha situada na encosta da Poça da Cruz. Dinâmico e perspicaz, ousou enfrentar com estóica persistência e inflexível teimosia todas as fases que o regulamento impõe para a certificação de produtos de consumo e muito especialmente os alimentares.
Desde a adaptação aos métodos de tratamento das uvas na fase de desenvolvimento, à selecção das castas, ao acondicionamento em cubas inox hermeticamente fechadas, ao engarrafamento com rótulo identificativo e ao selo de registo de produtor, todas estas condicionantes foram escrupulosamente cumpridas, sob pena de ter de enfrentar as consequências decorrentes das normas legais e regulamentares que regem este procedimento.
Fazendo uso das novas técnicas saídas da modernização agrícola e de equipamento da última geração, criou na sua unidade de confecção uma autêntica linha de engarrafamento em série.
O recipiente de comercialização e constituído por garrafa de 750 ml, com rótulo identificativo do conteúdo, de formato esbelto e esguio, a desafiar a arquitectura do design mais avançado.
A embalagem de transporte consta de uma caixa de cartão timbrado com a capacidade para três unidades, de fácil e cómodo manuseamento.
Como recompensa de toda esta panóplia burocrática e logística foi pela Entidade competente declarado o Sr. Armindo de Sousa Pereira o único produtor/Engarrafador registado oficialmente para comercializar esta marca de vinhos.
Os pontos privilegiados de venda deste produto genuíno de Boticas serão agora, além do próprio produtor, o supermercado Mini-Preço e outras superfícies comerciais a quem o mesmo conceder tal prerrogativa, nas condições que reciprocamente vierem a ser acordadas.
Informações detalhadas sobre as características e qualidades deste néctar dos deuses poderão ser colhidas no posto de Turismo de Boticas e Repositório do Vinho dos Mortos à entrada da Granja.
Quem tiver paladar afinado e ousar ingeri-lo, não terá dúvidas de que este delicioso vinho não ressuscitará os mortos, mas garantidamente prolongará a vida dos vivos!...

 

Destaque 2

Projecto "Aldeia-Viva" Desafia Turistas a Visitarem Pitões das Júnias

A Iniciativa intitulada "Aldeia-Viva" que já há muito é realizada com sucesso em Paredes do Rio, a cargo do seu Presidente da Junta, Acácio Moura, vai ser agora reproduzida noutra aldeia, Pitões das Júnias, organizada pelo Pólo de Pitões do Ecomuseu de Barroso. Estender-se-á por cinco fins-de-semana durante o presente Verão e será necessário proceder a inscrição obrigatória para nela participar (consultar proposta em anexo). Incluídas no preço estão ainda as refeições com produtos locais, a dormida e uma noite animada com a actuação dos Gaiteiros de Pitões em taberna típica.
Além das propostas que já existiam de visita à Igreja do Mosteiro de Sta. Maria das Júnias, cascata e núcleo rural: pólo, moinho e forno do povo, surge agora um novo projecto bem mais difícil de concretizar com o intuito de dinamizar esta "Aldeia-Viva": os fins-de-semana onde se encontram integradas todas as entidades da aldeia.
Havendo interesse e número suficiente de inscritos, o programa poderá ser realizado em qualquer outra altura. Basta para isso contactar a organização. Como forma de melhor servir o visitante, durante os meses de Julho e Setembro, para além do horário normal do fim-de-semana (10h30-12h30 e 14 às 17/18 horas, horário de Verão), o Pólo estará aberto de terça a sexta-feira das 14 às 18horas.

 

Destaque

Há Fome e Miséria em Montalegre

Triste sina a de um Povo que tem uma Câmara destas.
Em 30/04/2008, sexta feira, os serviços de acção social da Câmara foram informados que na localidade de Covêlo do Gerês existia uma família, constituída por pais e três filhos menores, em situação de vulnerabilidade económica, tendo constatado que, durante os fins de semana as três crianças estavam a ser mal alimentadas (apenas comiam batatas que lhe tinham sido oferecidas).
É do conhecimento pessoal de responsáveis da Câmara a situação social daquela família e, aquelas três crianças têm a decorrer um Processo de Promoção e Protecção no Tribunal de Montalegre, exactamente por negligência parental. Por indicação já do tribunal, esta família deveria pedir o RSI, na Segurança Social não o tendo feito até à altura.
Com data de 10/05/2008 (dois fins de semana depois), um estabelecimento comercial de Covêlo do Gerês emitiu um recibo processado por computador no valor de 53,35 euros (10.695$71), com o seguinte: 1 frango, 1 embalagem de ovos, 6 litros de leite meio gordo, 2 de arroz, 4 de cotovelos, 1 de congelados (peixe), 1 planta, 2 de óleo, 1 de azeite, 4 de iogurtes, 1 de congelados (carne) e 40 pães.
A fome está naquela família e verifica-se que não há gente no terreno para tomar conhecimento e prevenir outros casos.
A exclusão e a miséria levam à fome, mas o pior que pode acontecer a este Povo é ter uma Câmara que não tem uma politica de apoio social condigna, que julga que matando a fome durante um dia e ficando à espera que a família peça e receba o RSI, resolve os problemas de quem nada tem, a começar pela estabilidade psicológica, social e responsabilidade familiar.
Quatro iogurtes e seis litros de leite, desaparecem enquanto o diabo esfrega um olho, em famílias desta dimensão remediadas ou até abastadas sem passarem privações, quanto mais numa que aos fins de semana só tem batatas porque lhas deram.
E os outros dias?
Com tanta irresponsabilidade e negligencia, quem assegura que as crianças vão ter acesso prioritário aos alimentos?
Quanto tempo dura a carne, o peixe, o óleo, o arroz, a massa e o azeite?
Resolveu-se o problema de um fim de semana, tarde apesar de tudo. O que é que se fez nos restantes dias da semana e nos restantes fins de semana?
Quem se preocupa em saber o que vai por essas aldeias e vilas do concelho? A distribuição de bens alimentares é privilégio dos anos eleitorais?
Não se sabe se os responsáveis pelos destinos deste Povo podem dormir descansados e de consciência tranquila. Esperemos que despertem.
Não se quer que a Câmara mantenha vadios, calaceiros ou marginais. Apenas se exige que as crianças desta terra possam viver mais felizes e sem privações. Que se encontrem soluções para que os chefes de família possam exercer as suas responsabilidades como pais. Não se dê o peixe, dê-se condições para pescar.
Apesar de tudo, uma mudança de pneus do BMW da Câmara que o Presidente utiliza (2063.78 euros), daria para alimentar esta família durante uma grande parte do ano.
Os 50.000,00 euros de azulejos pintados à mão que a Câmara mandou colocar no multiusos, eram mais bem empregues em benefícios sociais às famílias carenciadas.
Os 21.808,50 euros que pagou pelas duas câmaras de videovigilância que colocou na rotunda da Corujeira e na da saída para Meixedo, fariam a felicidade de muitas crianças e jovens.
O apoio que dá às colectividades e associações é um bom principio, mas deveria ter regras bem definidas e não apenas servir para as manter caladas ou do seu lado politico.
O cartaz de campanha eleitoral do Presidente da Câmara dizia: "Este é dos nossos". Quem teve esta infeliz ideia ou já está arrependido, ou é da família, ou ainda é dos poucos que o servem para se manterem à mesa do poder.
Os Barrosões não são assim. São solidários.
Haja vergonha. O dinheiro da Câmara é para servir o Povo nestas e noutras coisas e não para mediocridades supérfluas ou vaidades individuais.
Um caso destes nunca deveria acontecer nesta terra. Esperemos que não haja outros tão ou mais dramáticos e que se tal acontecer quando a informação chegar não seja tarde demais.
(PSD Montalegre)

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