segunda-feira, fevereiro 16, 2009

 

Barroso em Resumo


1) Barroso foi das regiões mais afectadas pela neve
Alguma neve é agradável; muita neve é aborrecida e fastidiosa. As pessoas não se recordam de ver em Barroso tanta neve. Já são cerca de nove nevões; já não tem graça quando neva. Diz a sabedoria popular que serão 12 nevões. Não falta muito. Apesar disso, as estadas principais mantêm-se limpas e as pessoas podem deslocar-se e fazer a sua vida normal.
As aldeias mais afectadas são sempre Pitões e Tourém; e, de entre os habitantes, são os alunos das nossas escolas (que em Portugal são os que fazem deslocações maiores e mais demoradas para ir à escola) os mais afectados, com perdas graves de rendimento. Na altura dos exames terão de competir com todos os outros e a questão da neve não servirá de atenuante. É um acto de bravura ser um bom aluno em Montalegre!
O excesso de neve também tem provocado transtornos em Boticas, especialmente a interrupção das aulas, mas nada que se compare a Montalegre. Só em anos excepcionais frios como o deste ano isso acontece.

2) Barragem dos Pisões invadida por trutas de viveiro
Nunca a barragem dos Pisões teve tantas trutas. As fortes rajadas de vento que por alturas da Feira do Fumeiro assolaram o concelho levaram ao rebentamento de grande parte das jaulas do viveiro de trutas, que a empresa Quinta do Salmão, com sede na Póvoa de Varzim, explora na barragem dos Pisões. Foram sobretudo as estruturas mais antigas (e que estavam em vias de ser substituídas) que, com a violência do temporal, se deslocaram e cederam, rompendo-se as redes e levando à fuga das espécies.
Como consequência, milhares de trutas saíram para a albufeira e agora fazem parte da fauna piscícola da barragem, uma vez que os funcionários da empresa só conseguiram recapturar entre 4 a 5 mil quilos. Os donos da exploração, que vende 90 por cento da truta salmonada consumida no país, falam num prejuízo de 500 mil euros. A exploração não está coberta por nenhum seguro. "Ao contrário do que acontece em Espanha, cá não há seguros para este tipo de actividade. Já tentamos fazer um seguro de responsabilidade civil com outra exploração em Sines, mas não conseguimos", lamentou a empresária. Agora os funcionários da empresa estão a consertar as redes destruídas e a pôr em pé a exploração, que funciona há 25 anos e emprega sete pessoas.
A desgraça de uns é a sorte de outros. Quando o facto foi conhecido, não faltavam pescadores nas margens da albufeira, perto do viveiro, uns com canas improvisadas, outros com a cana com que pescam habitualmente. Também não faltaram aqueles que dizem que não gostam de peixe do viveiro. Em três dias, o Núcleo de Protecção Ambiental da GNR de Chaves deteve 13 pessoas por pesca ilegal, uma vez que esta é a época de defeso da espécie. Agora incorreram em multas de centenas de euros.

3) O Entrudo em Barroso
Três aldeias do nosso concelho, Tourém, Vilar de Perdizes e Pitões, dão continuidade à tradição do Entrudo. Este ano o evento realiza-se no dia 24 de Fevereiro, terça-feira, começando com um desfile alegórico por volta das 15h. As quadras satíricas e as gargalhadas são um dos elementos deste Entrudo descaracterizado.
É importante revitalizar o Entrudo Barrosão tradicional, que assumia diferentes modalidades em Barroso e não aquele Carnaval que se vê na televisão e que não nos diz nada. Nalgumas aldeias, p. ex., a festa do Entrudo tinha o nome de Serrada da Velha. Era feito pela rapaziada da aldeia que envergavam ao pescoço um ou mais chocalhos das vacas (geralmente um grande chocalho) e andava pela aldeia a "serrar" os idosos, lembrando-lhes a condição de velho. Um ou outro não se importava com a "serração", mas havia sempre alguns velhos ou velhas mal-humorados que puxavam do cajado e... zás! Mas ninguém levava a mal.

4) "Os Limites da Ciência" – Na Escola Bento da Cruz
Os alunos do curso EFA Secundário do grupo Dupla Certificação, promovem dia 18 de Fevereiro às 20h30 nas instalações da Escola Secundária de Montalegre um debate subordinado ao tema: "Os Limites da Ciência". Trata-se da primeira actividade integradora, que tem como objectivo reflectir e debater certos temas polémicos, que geram movimentos discordantes quanto ao progresso da ciência, e ao princípio da vida.
Recorde-se que o ano passado, uma outra turma, igualmente do curso EFA, pesquisou as lendas e tradições de Barroso, cuja recolha terminou numa exposição num jantar cuja ementa se centrou nos produtos locais, e num serão à maneira antiga, onde o Prof. José Dias Baptista, partilhou alguns dos contos, até caricatos, do Barroso de outrora.
Este ano, os temas prendem-se com a ética, clonagem, células estaminais onde são colocados frente a frente a igreja e a ciência. Como convidados estão presentes professores da escola e o pároco de Montalegre, Vítor Pereira. Os prós e os contras da ciência, em debate dia 18 de Fevereiro às 20h30 na Escola Bento da Cruz, uma iniciativa aberta a todos aqueles que queiram participar. (Notícia MJA)

 

Destaque 2

Festa da Banda de Parafita

Foi em clima de confraternização e de irritação que decorreu a comemoração de mais um aniversário da Banda de Parafita. Um convívio que juntou dezenas de pessoas, entre elas, caras bem conhecidas, mas nem todos estavam felizes.
O presidente da Associação Cultural de Parafita, Avelino Gonçalves, amargurado, pediu ao município empenho e celeridade na resolução das obras da futura sede da Banda e que seja ultrapassada a actual situação de impasse.
O executivo do Município de Montalegre compareceu em peso e, como sempre, Fernando Rodrigues é o que mais fala: «A Banda de Parafita é um orgulho para todo o concelho. É um cartaz do concelho de Montalegre. Tem prestígio em termos regionais mas também em termos nacionais. É um trabalho de todos, e só assim se consegue este resultado». «A Banda de Parafita é como que um milagre, por isso quero deixar aqui o meu reconhecimento. Há aqui uma motivação excepcional. Há aqui gente que tem a vida lá fora, mas que está aqui quando é preciso, por isso muito obrigado a todos». «Isto é um milagre mas não cai do céu! É o esforço de cada um, um esforço pensado, atempado, programado...é um percurso inteligente e de mérito».
O autarca também falou do impasse das obras da sede: «A Câmara já cumpriu com a sua obrigação. Cumpriu com o que prometeu. Contudo, há questões estruturais na obra que têm que ser resolvidas a bem ou a mal. É uma vergonha! Não é problema de dinheiro. Já disse que é fácil arranjar dinheiro. Não é por falta de dinheiro que qualquer associação deste concelho desenvolve a sua actividade. Até se estraga o dinheiro. Dinheiro não falta! Importa é que os problemas sejam resolvidos para bem de todos».
Vítor Silva, adjunto do novo Governador Civil, Alexandre Chaves, referiu que a «Banda de Parafita é um milagre». No final, garantiu: «Contem connosco para estas iniciativas porque até final do mandato este Governo Civil traçou 3 pilares: protecção civil, acção social e desenvolvimento económico, sendo aqui que entra a componente cultural, como é o caso da Banda de Parafita».

 

Destaque

Sexta-Feira 13: "Noite das Bruxas"
Decorreu na passada sexta-feira a primeira das três sextas-feiras 13 do ano. As restantes terão lugar em Março e Novembro. Este espectáculo já mereceu simpatia e admiração de milhares de pessoas que fazem de Montalegre a capital do misticismo e, pela regularidade e qualidade com que é feito, está a ganhar notoriedade e até já faz parte dos espectáculos da região Norte. O espectáculo estev mais uma vez a cargo do grupo de teatro Filandorra que muito tem animado a vila de Montalegre neste tipo de eventos.
Esta festa, onde estiveram presentes efeitos gigantescos, supreendeu pela disparidade: dragões que cospem fogo, carroças que voam pelo ar e pássaros gigantes, acompanhados por efeitos musicais, e projecções de imagens arrepiantes.
Narraram a saga de alguns cómicos medievais que chegaram às portas de Montalegre à procura do elixir da alegria. Recebidos por duendes, diabos, bruxas e outras assombrações, passam uma louca aventura até chegarem ao Castelo, lugar onde dizem que feiticeiras guardam o líquido poderoso que queima as goelas e produz delirantes efeitos do riso.
A 13 de Março a animação está a cargo do Centro de Criatividade da Póvoa de Lanhoso com o tema “O Cálice da Alegria”.

 

Nº 413


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