quarta-feira, abril 06, 2011

 

Destaque

Reacção a entrevista Montalegre “Fora do Mapa”

Fernando Rodrigues, presidente da Câmara, em entrevista ao “Jornal das Autarquias” fez um balanço «muito positivo» do trabalho feito no concelho ao longo dos últimos anos. A cumprir o último mandato, o autarca recordou o que havia e o que agora existe, percorrendo os vários campos onde a autarquia é competente: Rede Viária, Requalificação das aldeias, Urbanização Sede do Concelho, Ecomuseu de Barroso, Investimento Social, Educação, Turismo e Promoção. No entanto, o PSD fez o mesmo percurso e não está tão optimista. Acha efectivamente que o desperdício foi muito, acha que muito mais poderia ser feito, em razão de as circunstâncias económicas terem sido tão favoráveis, sobretudo pelos três quadros comunitários de fundos estruturais. Jamais a região gozará de circunstâncias tão favoráveis. Por isso, o PSD passará a dar a O Povo de Barroso uma série de entrevistas onde, fazendo o mesmo percurso que é feito na entrevista e percorrendo os vários campos acima identificados, mostrará que muito mais e melhor poderia ser feito. Adiantamos aqui algumas das críticas que o PSD tem a fazer à entrevista do Presidente da Câmara, algumas das oportunidades perdidas, gastos sumptuosos, sem retorno e desperdício de meios para atacar problemas urgentes e prementes, que poderiam ‘pôr Montalegre no mapa’, mas que o puseram ‘fora do mapa’. “Pôr no mapa” só se foi no mapa do desemprego, no mapa da desertificação, no mapa da degradação das aldeias, no mapa do envelhecimento da população, no mapa de falta de poder de compra, no mapa da carência de investimentos e atracção de empresas... Os CENSOS 2001 estão a decorrer e, dentro em pouco (em Julho), poderá ser conhecido o verdadeiro mapa de Barroso. O Povo de Barroso dar-lhes-á atenção. Rede Viária: A estrada Montalegre/Chaves (uma das bandeiras da Câmara) é um exemplo de como as prioridades da Câmara andam trocadas. Em 2001, o Presidente da Câmara de Chaves, Dr. João Baptista, que até é da Vila da Ponte, propôs à Câmara de Montalegre uma candidatura conjunta ao programa Interreg que financiaria a estrada na totalidade da sua extensão. A Câmara de Montalegre preferiu fazer uma candidatura de montante muito inferior e como tal com muito menos apoio. Requalificação das aldeias: Com esta Câmara, as aldeias “agonizam”, desertificam e degradam-se nas condições mínimas para fixação de residência. A Câmara socialista sempre entendeu que não valia a pena investir em infra-estruturas em aldeias por cada vez terem menos gente. O caso das aldeias do PNPG (Parada, Outeiro, Covelães e Paredes) apenas foi feito por ser prioritário para o Ministério do Ambiente, levando a Câmara a reboque. Montalegre é hoje o concelho da Região que tem as aldeias menos infra-estruturadas, nomeadamente no que diz respeito às obras de saneamento. Urbanização Sede do Concelho: Sem dúvida que as obras enunciadas na entrevista, como “a marca mais realizadora de sempre” são importantes e por todos reconhecidas como necessárias (“Multiusos, o Auditório, o Pavilhão Desportivo, as portas do PNPG, o arranjo do Campo da Feira, as rotundas e os motivos escultóricos da cultura local, recuperação no Parque do Cávado e o Programa Regeneração Urbana”). Contudo à boa maneira socialista, o planeamento é coisa para esquecer, como seja a melhor localização para não estragar a traça da Vila, o melhor aproveitamento dos espaços e a localização mais funcional e harmoniosa. Fez-se obra para encher o olho com despesas desmesuradas que, se bem planeadas, poderiam ter tornado a Vila mais airosa, mais aprazível e com outras perspectivas para uma expansão digna da Capital do Barroso. O Cerrado teria que fazer parte integrante de um plano bem concebido. O Parque do Cávado merece um comentário no sentido de desmascarar a forma autoritária, discriminatória e lesiva para o território e para o Povo, tendo deixado a parte a montante da ponte por fazer por interesses políticos de prejudicar a Junta que era de um partido da oposição. Com a Junta socialista tudo está para ser alterado. Quem perdeu? A população que já poderia estar a usufruir desse espaço. Ecomuseu de Barroso (que para o Presidente foi o “projecto mais importante que lançamos”): Em termos de propaganda, de facto parece muito importante. Poderá sê-lo porque o concelho tem potencial para isso, mas só com um plano rigoroso e com uma gestão de qualidade e conhecedora, isto é, com gente especializada e não curiosos ou pouco mais que isto. Ao contrário da sua envergadura física, o Ecomuseu tem ficado por coisas pequenas. Pode ser muito visitado, e certamente é, mas deveria ser mais agressivo e sonhar mais alto no que diz respeito a promover os produtos endógenos, defender a nossa cultura, o nosso património, transformando-o em actividade económica. É imperdoável que tanto investimento - e ainda o que há para investir! - e não esteja já com visibilidade a proporcionar rendimentos consideráveis para alguma população. Investimento Social: Não financiou a totalidade do quartel dos bombeiros de Salto, porque uma parte significativa do dinheiro foi governamental. Não foi capaz de acompanhar os seus simpatizantes e militantes do partido socialista na gestão e agora estão aflitos com dívidas. É importante o investimento feito em lares mas também é um efeito do fracasso da governação socialista que não foi capaz de criar condições para os jovens se manterem nas aldeias e agora tem a população envelhecida e só. Educação: Esta é sem dúvida uma das áreas que mais deverão envergonhar a Câmara socialista. Estão há 22 anos na Câmara, sempre com dois ou três (a maior parte do tempo três) professores no executivo, a tempo inteiro, com ordenados políticos e não conseguem criar condições de conforto para os alunos. Sim, porque o que se vê é, em território tão extenso, crianças e jovens a terem de fazerem percursos longos, sem tempo para estudar, sem tempo para serem jovens e crianças, perdendo as suas actividades de brincar porque saem cedíssimo de casa e chegam tarde, cansados e muitas vezes com frio e molhados, sendo talvez o principal motivo de instabilidade. Turismo e Promoção: Sem dúvida que se gasta muito dinheiro em publicidade e promoção. Contudo, tal como para o Ecomuseu, falta planeamento e conhecimento das técnicas específicas. As coisas estão desgarradas e não há uma visão do conjunto, embora haja meios e condições parta o fazer. Desperdiça-se muito para recuperar pouco. No entanto deve reconhecer-se que há algum esforço.

Comments:
nao vale mesmo a pena envestir um centimo em montalegre. Esta mesmo um dezerto. devido à politica que temos actualmente.
 
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