sábado, junho 30, 2007

 

Destaque

Primeiro-Ministro Visita Montalegre
O Primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, visitou Montalegre no passado Sábado, dia 23 de Junho. Esta visita inseriu-se numa iniciativa do governo denominada "Governo Presente" que decorreu ao longo desse fim-de-semana no distrito de Vila Real, onde vários membros do governo se deslocaram para conhecerem directamente as reivindicações dos autarcas deste distrito, cada vez mais desertificado, e onde foram inauguradas várias obras entre as quais o Pavilhão Multiusos de Montalegre e a Estação de Tratamento de Águas (ETA) dos Pisões.
A chegada a Montalegre estava aprazada para as 16 horas mas acabou por se atrasar mais de uma hora. O Primeiro-ministro, que ainda de madrugada se encontrava em Bruxelas na discussão do novo Tratado Constitucional Europeu, ainda passou por Chaves, onde entregou vários computadores no Centro de Formação local, antes de chegar a Montalegre, pelas 17h30m, onde foi recebido por algumas centenas de pessoas na Avenida D. Nuno Alvares Pereira.
De seguida foi descerrada uma lápide no Multiusos evocativa da data. Depois, acompanhado do Presidente do Município, o Primeiro-ministro visitou alguns dos sectores que compõe o Multiusos, antes dos discursos.
Começou Fernando Rodrigues, que se congratulou pela presença de tão alta individualidade do estado no Concelho, além de todos os outros Ministros, Secretários de Estado e Deputados, que compunham a comitiva governamental. Destacou a importância que a visita do Primeiro-ministro tinha para toda a região e distrito de Vila Real, num momento crucial do nosso país no contexto europeu, uma vez que Portugal está prestes a assumir a presidência da União Europeia. De seguida falou do projecto do Pavilhão Multiusos (inaugurado mais uma vez!), só possível pela sua "teimosia", pois referiu, que chegou a sentir-se sozinho no desejo deste empreendimento para Montalegre. Trata-se de uma obra, co-financiada por fundos europeus, cujo valor final ultrapassará os 9 milhões de Euros e que inclui o centro de exposições e feiras, um pavilhão desportivo, o ordenamento do campo da feira e a beneficiação do parque do gado, as tasquinhas, um auditório (ainda por concluir) e um campo de chegas (por iniciar).
Depois o discurso do Presidente virou-se para as, já conhecidas, reivindicações: A Quinta de Veiga, as rendas da EDP e a beneficiação da Estrada Nacional 103. Acerca da primeira questionou o PM acerca da possibilidade do estado ceder a sua gestão à Câmara de Montalegre, que ainda não tendo um projecto concreto para ela, quer pô-la "ao serviço do desenvolvimento do concelho". Quanto à EDP, elucidou José Sócrates sobre as várias barragens de Montalegre e a sua importância para o país, apesar de deixarem apenas alguns tostões de rendas (inferior ao Imposto Municipal que dariam os terrenos onde se situam) no nosso concelho. Quanto à Nacional 103, reforçou a identificação histórica de Montalegre com Braga e restante Minho, além ser o maior mercado dos nossos produtos locais, e fonte de turistas.
José Sócrates tomou a palavra para dizer que se sentia muito feliz por este fim-de-semana na sua "Terra", esquecendo o cansaço das várias viagens. Salientou que os projectos que se inauguraram nesse dia (Multiusos e ETA) só eram possíveis por Portugal ser membro da União Europeia. Deu relevo, sobretudo, à ETA do Alto Rabagão, por reforçar claramente a qualidade de vida das pessoas da região, por saberem que podem consumir água da melhor qualidade e segurança, tal e qual "os países mais desenvolvidos do mundo". Em relação ao Multiusos disse que era uma mais valia para o desenvolvimento económico de Montalegre por permitir a realização de diversos eventos agro-industriais.
Em relação às reivindicações do Presidente da Câmara afirmou que iriam haver reuniões ao fim do dia entre os vários Presidentes de Câmara e os Ministros e Secretários de Estado presentes, onde seriam escutadas todas as exigências dos autarcas. No entanto, afirmou que o governo estava disposto a "conversar" sobre a "entrega" da Quinta da Veiga de novo aos barrosões. Em relação à EDP, disse que seria difícil aumentar as rendas pois poderiam pesar nos bolsos de todos os portugueses, no entanto, seria uma questão de se estudarem outras contrapartidas (não monetárias) que a EDP poderia ceder a Montalegre. Em relação à N 103, (acerca da qual já lhe tinha sido entregue uma carta da recém criada Comissão de Utentes), afirmou que compreendia a necessidade de uma via mais rápida para Braga e Porto, no entanto não podia prometer nada. Por outro lado, reforçou a ideia que com a conclusão da A24 (inaugurada no dia seguinte) se tinha feita justiça com Trás-os-Montes, que agora já dispunha de uma via muito rápida de acesso aos centros de decisão de Portugal e da Europa.
De seguida, enquanto os presentes foram convidados para o lanche convivo oferecido pela Câmara de Montalegre, a comitiva seguiu para os Pisões onde o PM inaugurou a ETA, um investimento de 25 milhões de euros e que vai abastecer de água mais de 100 mil habitantes de 4 concelhos da região.
Por fim, a comitiva, que integrava também o Governador Civil do distrito, António Martinho, e todos os Presidentes de Câmara de região, seguiu para o Pinhão onde foi servido o jantar, seguindo-se várias reuniões conjuntas para definir projectos estruturantes para o distrito. No domingo, José Sócrates, inaugurou em Vila Pouca de Aguiar os últimos 15 km da A24 e, depois, concluiu o "Governo Presente" em Sabrosa onde foi apresentado o "Espaço Torga", na Terra Natal do escritor
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