segunda-feira, janeiro 15, 2007

 

Editorial 2007

Nos últimos anos entramos sempre no novo ano com a esperança que "será desta" que a crise nos vai deixar. Depois, em Janeiro aumenta a electricidade e os combustíveis, em Fevereiro a água e os combustíveis, em Março o Pão e os combustíveis, em Abril as taxas de juros e os combustíveis, em Maio pedem-nos para apertarmos o cinto e aumentam os combustíveis, em Junho, em Agosto, em Setembro, em Outubro, em Novembro, em Dezembro, mil e uma coisas mais (e os combustíveis) voltam a aumentar, sempre acima da inflação e muito acima dos aumentos dos ordenados. E o cinto aperta, acabam-se os buracos e criam-se mais. Chegamos ao final do ano e estamos "mortinhos" pelo novo ano e a saga continua. Mas "isso era dantes", gritam os governantes, "desta vez é mesmo a sério".
Vamos todos acreditar que é possível, que pensar positivo é o primeiro passo para "conseguirmos", e desligar logo a TV quando abrir o noticiário a dizer que mais uma fábrica fecha e 600 vão para a "rua", ou que o desemprego sobe em flecha entre os licenciados. Ser português é ser assim, crente, sofredor, capaz de viver com migalhas, transformando o pouco em muito. O nosso orgulho acima de tudo.
Na imprensa regional o cenário não é melhor, e desengane-se quem pensa que é fácil fazer nascer este "bebé" todos os 15 dias, quando muitos outros lutam para que haja um "aborto". Mas como Portugueses e Barrosões que somos, as dificuldades e os adversários só nos tornam mais fortes e cada vez com mais vontade de levar, com qualidade, a cultura e língua Portuguesas e, em particular, de um Povo nobre, como é o Barrosão, o mais longe possível.
Além de tudo, o governo, com a conivência da Presidência da República, acaba de dar mais uma machadada nos jornais regionais, ao cortar 10% na ajuda ao Porte Pago (despesas de correio) nível nacional, e 100% para o estrangeiro. Isto quando querem fazer passar a ideia que querem defender a língua Portuguesa a todo custo. Como? Se quando vão lá fora até parece que têm vergonha de falar Português! Mas o valor de expedição dos 3,50 milhões de jornais por ano para as Comunidades Portuguesas é inferior à contribuição do Orçamento de Estado para a compra de direitos de transmissão de jogos de Futebol para a RTP Internacional. Uma vergonha. Pedimos a todos os nossos amigos assinantes que nos ajudem, pagando as suas assinaturas com regularidade e demonstrando o seu amor ao Português, a Barroso e a Portugal.
Tenha um feliz 2007, na companhia do seu jornal de sempre.

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